China transmite apoio à Venezuela face a pressão dos Estados Unidos
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, expressou apoio ao Governo de Nicolás Maduro face ao endurecimento das sanções dos Estados Unidos, durante uma conversa por telefone com o homólogo venezuelano, Yván Gil, anunciou hoje Pequim.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China afirmou que Pequim "se opõe a todas as formas de intimidação unilateral" e apoia os países que defendem a sua soberania e dignidade.
A conversa teve lugar um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um "bloqueio total" contra os navios petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela, intensificando o dispositivo militar iniciado em agosto no mar das Caraíbas, oficialmente para combater o narcotráfico, mas que Caracas considera uma tentativa de provocar uma mudança de regime.
"A Venezuela tem o direito de desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica com outros países, e a comunidade internacional compreende e apoia a sua posição na defesa dos direitos e interesses legítimos", afirmou Wang, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
O governante chinês sublinhou que China e Venezuela são "parceiros estratégicos", e destacou que o apoio e a confiança mútua têm sido "uma característica tradicional das relações entre ambos os países".
Yván Gil informou Wang sobre a situação interna da Venezuela e garantiu que o Governo "defenderá com firmeza a soberania e independência e não aceitará ameaças de qualquer potência abusiva".
Horas antes, o ministro venezuelano já tinha avançado, através da plataforma Telegram, que durante a chamada discutiu com Wang as "ameaças e agressões" contra a Venezuela e os "riscos que pairam sobre a América Latina e as Caraíbas".